segunda-feira, 14 de abril de 2014

O candidato de Cavaco e 3 factos sobre o desejo de Barroso

O candidato a Belém preferido de ´Cavaco Silva é Durão Barroso. Sempre assim foi. A carreira do actual presidente da Comissão Europeia tem o selo da esfinge de Belém.

Começo como seu secretário de Estado da Cooperação, passou a ministro dos Negócios Estrangeiros, sempre sob os elogios do cavaquismo e da sua máquina de propaganda, era o seu delfim predilecto como se viu no congresso do Coliseu e não fernando Nogueira, a quem Cavaco "matou" em plena campanha eleitoral.

Cavaco ungiu Durão Barroso e agora pretende fazer o mesmo com as declarações que proferiu na semana passada, dando nota de que «Portugal muito deve a Durão Barroso». Além do mais, Cavaco nunca gostou nem confia em Marcelo Rebelo de Sousa nem Pedro Santana Lopes. Por isso, os sinais serão mais do que evidentes nos próximos tempos.

E também saltam à vista os sinais de que Durão Barroso quer ser candidato. Natural num político extremamente ambicioso, que construiu a sua vida com os princípios maoístas de conquista do poder. São eles:

1- Entrevista de relançamento da sua imagem no jornal mais influente do País, pretensamente afastando a ideia de que quer ser candidato, mas em que apenas se viu a ideia de que «agarrem-me, senão avanço». E ainda deixou um soundbyte que marcou a agenda política durante uma semana, numa suposta conversa de mentirosos sobre o BPN tida com Vitor Constâncio.

2- Cavaco lança-o e faz manchetes com a declaração de que «Portugal muito deve a Durão Barroso» e ainda se põem a circular os números do montante financeiro que a União Europeia deu a Portugal durante a sua miserável presidência da Europa.

3- E vai ter um jornal lançado com pompa e circunstância, em que os criadores são um seu ex-conselheiro e um conselheiro de Cavaco. Algo que sempre acontece quando há eleições presidenciais.

Na intenção de Cavaco e, sobretudo, na de Durão Barroso, há apenas dois erros de construção e que são o seu pecado original: 1- Nenhum português inteligente deseja a candidatura de Durão Barroso; 2- Roma não paga a traidores.

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