A SIC aposta no treinador português para as manhãs do fim-de-semana. São 26 episódios para crianças dos 6 aos 12 anos e com a particularidade da série ser produzida em Portugal.
Com o reconhecimento universal de Mourinho, pode ser que se torne um fenómeno de vendas para um produto português com potencial de exportação.
Sem me esquecer que ainda ontem lia que desde que saiu de Portugal, Mourinho já deixou 150 milhões em passes de jogadores que adquiriu no seu País. É obra.
sexta-feira, 30 de agosto de 2013
quinta-feira, 29 de agosto de 2013
O fim dos "briefings"
O Correio da Manhã noticia hoje que Pedro Passos Coelho decidiu acabar com os "briefings". Contrariando assim o que haviam dito o ministro, Poiares Maduro, e o secretário de Estado, Pedro Lomba, que referiram que eles não acabariam, mas voltariam com outro formato e outro protagonista.
Acaba assim uma boa ideia que se tornou um pesadelo, pois foi deixada a amadores em questões de comunicação. Era bem intencionada a ideia de se tentar promover a agenda positiva do Governo, mas, como fica provado, não basta escrever umas coisas em blogues para se conhecer o universo mediático.
Acaba assim uma boa ideia que se tornou um pesadelo, pois foi deixada a amadores em questões de comunicação. Era bem intencionada a ideia de se tentar promover a agenda positiva do Governo, mas, como fica provado, não basta escrever umas coisas em blogues para se conhecer o universo mediático.
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quarta-feira, 28 de agosto de 2013
Manuela Moura Guedes de volta à RTP
Eu gosto da Manuela Moura Guedes e era um crime de lesa pátria ela não estar nas televisões dos portugueses. Felizmente, a RTP lembrou-se dela, pelo que leio aqui.
Vai ser a apresentadora do "Quem Quer Ser Milionário", um formato de entretenimento que sempre deu audiências ao canal público. Mas uma mágoa: preferia que ela estivesse num formato de informação. O seu estilo combativo seria muito útil nos dias de hoje.
Vai ser a apresentadora do "Quem Quer Ser Milionário", um formato de entretenimento que sempre deu audiências ao canal público. Mas uma mágoa: preferia que ela estivesse num formato de informação. O seu estilo combativo seria muito útil nos dias de hoje.
terça-feira, 27 de agosto de 2013
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
O que faria Cavaco com Fernando Lima e o que fez sem ele
Cavaco Silva é hoje notícia pelas piores razões e a minha análise vem no seguimento do que de outras vezes já apontei: o inquilino de Belém há muito que perdeu o contacto com a realidade e com os portugueses, e há muito que perdeu o controlo do terreno mediático, onde durante muito tempo conseguiu comandar as percepções. Esse divórcio e essa perda de controlo foram visíveis a partir do momento em que Cavaco deixou cair Fernando Lima. Mas vamos aos factos:
1- Morreu António Borges e Cavaco Silva na sua página oficial apresentou nota de pesar e condolências. Na mesma semana em que uma bombeira morreu, em que as corporações dos soldados da paz têm sido massacradas por diversos incêndios, o Presidente da República em nada tomou nota de pesar nem oficial.
2- Na mesma nota oficial de pesar por António Borges no Facebook da Presidência, foram milhares de portugueses que numa manifestação de cidadania foram dar as condolências às famílias dos bombeiros que pereceram.
3- isto teve natural repercussão mediática, deu notícia e os assessores de Belém foram acossados e obrigados a dar explicações de que já tinham sido enviadas condolências «a título pessoal», como leio aqui..
Então é oficial para António Borges e é «a título pessoal» para as famílias dos bombeiros? Oficial é o Presidente de um Estado dar voz aos portugueses que estão gratos por quem perde a vida em defesa da comunidade e esses são os bombeiros. Aqui ao lado, quando aconteceu a tragédia da Galiza houve presença da família real e luto nacional. Por cá é a «título pessoal»????
No tempo de Fernando Lima, saber-se-ia que Cavaco já tinha apresentado condolências e nunca teria acontecido este triste episódio e não se deixava o rastilho da indignação avançar. Sem Fernando Lima, é risível o spin de Cavaco Silva, reactivo, com argumentos inacreditáveis. Cavaco perdeu a razão.
1- Morreu António Borges e Cavaco Silva na sua página oficial apresentou nota de pesar e condolências. Na mesma semana em que uma bombeira morreu, em que as corporações dos soldados da paz têm sido massacradas por diversos incêndios, o Presidente da República em nada tomou nota de pesar nem oficial.
2- Na mesma nota oficial de pesar por António Borges no Facebook da Presidência, foram milhares de portugueses que numa manifestação de cidadania foram dar as condolências às famílias dos bombeiros que pereceram.
3- isto teve natural repercussão mediática, deu notícia e os assessores de Belém foram acossados e obrigados a dar explicações de que já tinham sido enviadas condolências «a título pessoal», como leio aqui..
Então é oficial para António Borges e é «a título pessoal» para as famílias dos bombeiros? Oficial é o Presidente de um Estado dar voz aos portugueses que estão gratos por quem perde a vida em defesa da comunidade e esses são os bombeiros. Aqui ao lado, quando aconteceu a tragédia da Galiza houve presença da família real e luto nacional. Por cá é a «título pessoal»????
No tempo de Fernando Lima, saber-se-ia que Cavaco já tinha apresentado condolências e nunca teria acontecido este triste episódio e não se deixava o rastilho da indignação avançar. Sem Fernando Lima, é risível o spin de Cavaco Silva, reactivo, com argumentos inacreditáveis. Cavaco perdeu a razão.
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Empreendedores para salvar a tarde da TVE
Li esta notícia do El Pais na sexta-feira e guardei-a para comentar. Em Portugal é um pavor estar em casa de manhã e de tarde face ao panorama das televisões generalistas portuguesas.
Programas iguais nos dois períodos, que se mantêm iguais há anos e anos. Parece que há uma tendência de anquilosamento das mesmas e incapacidade de pensar em novos formatos.
A notícia que citei fala da crise da televisão pública espanhola, a TVE, e nela se vê que é o caminho do empreendedorismo, dos que conseguem sair da crise e a quem se pede ajuda para financiar os novos projectos. Não sei se será um sucesso, mas pelo menos é interessante.
Programas iguais nos dois períodos, que se mantêm iguais há anos e anos. Parece que há uma tendência de anquilosamento das mesmas e incapacidade de pensar em novos formatos.
A notícia que citei fala da crise da televisão pública espanhola, a TVE, e nela se vê que é o caminho do empreendedorismo, dos que conseguem sair da crise e a quem se pede ajuda para financiar os novos projectos. Não sei se será um sucesso, mas pelo menos é interessante.
domingo, 25 de agosto de 2013
O regresso de Cosmos de Carl Sagan
Carl Sagan era um grande comunicador. E teve a arte de fazer o programa de televisão mais famoso do mundo sobre os universos que não conhecemos e a relação da Terra com o espaço.
Muitos continuam a pensar como é que só nós existimos nesse mar de estrelas, galáxias e planetas. Sagan com o seu carisma soube ajudar a reflectir e a dar conhecimento a uma geração.
Li com muita simpatia que estará de regresso esta série de divulgação da ciência no próximo ano, agora comandada por outro cientista e pela última mulher de Sagan. É daquelas coisas que é de interesse público que as televisões portuguesas estejam atentas.
Muitos continuam a pensar como é que só nós existimos nesse mar de estrelas, galáxias e planetas. Sagan com o seu carisma soube ajudar a reflectir e a dar conhecimento a uma geração.
Li com muita simpatia que estará de regresso esta série de divulgação da ciência no próximo ano, agora comandada por outro cientista e pela última mulher de Sagan. É daquelas coisas que é de interesse público que as televisões portuguesas estejam atentas.
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
A arte de viajar
«Viajar é desaparecer, uma incursão solitária por uma estreita linha geográfica até ao esquecimento»
Paul Theroux, em "O Velho Expresso da Patagónia"
Paul Theroux, em "O Velho Expresso da Patagónia"
quinta-feira, 22 de agosto de 2013
O ser humano não gosta da realidade
«O problema reside no facto de o homem ser um animal moral abandonado num universo amoral e condenado a uma existência finita e sem outro significado que não seja perpetuar o ciclo natural da espécie. É impossível sobreviver num estado prolongado de realidade, pelo menos para o ser humano. Passamos uma boa parte das nossas vidas a sonhar, sobretudo quando estamos acordados»
Carlos Ruiz Zafón, em "O Jogo do Anjo"
Carlos Ruiz Zafón, em "O Jogo do Anjo"
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
António Costa é abençoado...pela comunicação social
Quando o Wilson Simonal cantava «moro num País tropical/abençoado por Deus», mal sabia que umas décadas depois havia um presidente da câmara de Lisboa que também era abençoado, mas, este, pela comunicação social.
Está há seis anos nos comandos da capital. Fez bem o Terreiro do Paço e milhares de turistas sentem a cidade na moda, mas isso é trabalho do Turismo de Lisboa, cada vez mais autónomo da autarquia.
São seis anos de uma mão cheia de nada e de uma cidade cada vez mais suja e onde o lixo abunda. Quis intervir no Marquês para tentar abafar a boa obra do Túnel de Pedro Santana Lopes, porém, trouxe confusão à Praça emblemática e à Avenida da Liberdade e ainda se esqueceu das sarjetas como um popular logo descobriu no dia da pomposa inauguração.
Na Ribeira das Naus, três dias depois de outra pomposa inauguração, já lá estavam obras outra vez porque a mesma tinha sido mal planeada. Agora, a Rua do Ouro está esventrada e bloqueada, só para dizer que faz obra antes das eleições. É a política "old school" de se fazerem arranjos para enganar os pacóvios eleitores.
O mais engraçado é que noutros tempos qualquer obra tinha directos das televisões e imprensa em cima como se fossem casos de gravidade nacional, abriam-se processos na Justiça, embargos a torto e a direito, mas desde que José Sá Fernandes ganhou o lugarzinho de vereador essas preocupações da imprensa desapareceram.
É triste como a imprensa agora banaliza tudo o que não se faz e o que se faz de mal. António Costa há muitos anos que é bafejado pela sorte de ser um ungido dos media. Lisboa não ganha nada com isso.
Está há seis anos nos comandos da capital. Fez bem o Terreiro do Paço e milhares de turistas sentem a cidade na moda, mas isso é trabalho do Turismo de Lisboa, cada vez mais autónomo da autarquia.
São seis anos de uma mão cheia de nada e de uma cidade cada vez mais suja e onde o lixo abunda. Quis intervir no Marquês para tentar abafar a boa obra do Túnel de Pedro Santana Lopes, porém, trouxe confusão à Praça emblemática e à Avenida da Liberdade e ainda se esqueceu das sarjetas como um popular logo descobriu no dia da pomposa inauguração.
Na Ribeira das Naus, três dias depois de outra pomposa inauguração, já lá estavam obras outra vez porque a mesma tinha sido mal planeada. Agora, a Rua do Ouro está esventrada e bloqueada, só para dizer que faz obra antes das eleições. É a política "old school" de se fazerem arranjos para enganar os pacóvios eleitores.
O mais engraçado é que noutros tempos qualquer obra tinha directos das televisões e imprensa em cima como se fossem casos de gravidade nacional, abriam-se processos na Justiça, embargos a torto e a direito, mas desde que José Sá Fernandes ganhou o lugarzinho de vereador essas preocupações da imprensa desapareceram.
É triste como a imprensa agora banaliza tudo o que não se faz e o que se faz de mal. António Costa há muitos anos que é bafejado pela sorte de ser um ungido dos media. Lisboa não ganha nada com isso.
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Rui Calafate
terça-feira, 20 de agosto de 2013
Al Jazira América
Começa esta tarde a emitir nos Estados Unidos o canal que foi propaganda da Al Qaeda e que hoje quer ser líder global. Querem competir com as três grandes cadeias: CBS, FOX e NBC. Engraçado será de acompanhar que tipo de informação sobre a política americana darão.
segunda-feira, 19 de agosto de 2013
O que faz um homem decente
El Baradei era um homem respeitado no Egipto, foi uma das suas consciências cívicas da Primavera democrática que o mundo acompanhou na Praça Tahir.
Foi para o Governo e este Governo ordenou aos militares uma acção violenta que causou centenas de mortes. Baradei, Nobel da Paz, só teve um caminho: demitiu-se por vontade própria.
São gestos destes que são raros nos dias de hoje. A consciência dos decisores muitas vezes é violentada e enganada e nem reparam nela. Num tempo em que o pragmatismo se sobrepôs à moral.
Foi para o Governo e este Governo ordenou aos militares uma acção violenta que causou centenas de mortes. Baradei, Nobel da Paz, só teve um caminho: demitiu-se por vontade própria.
São gestos destes que são raros nos dias de hoje. A consciência dos decisores muitas vezes é violentada e enganada e nem reparam nela. Num tempo em que o pragmatismo se sobrepôs à moral.
domingo, 18 de agosto de 2013
Eu sou dono de um banco e não do Lorenzo Carvalho
O título é inspirado na crónica de ontem da Clara Ferreira Alves no Expresso, pois ela tem razão. Os portugueses como eu são donos pelo menos do BPN ou do BPP.
Ontem, como com graça referiu António Nogueira Leite nas redes sociais, a entrevista de um jovem com dinheiro a Judite de Sousa foi o "swap" de Agosto e toda a gente comentou.
O problema é que cada um faz com o seu dinheiro o que bem entender, o que cada um não pode fazer é pôr um País a pagar impostos e a baixar a sua condição de vida porque houve um bando de canalhas que montou uma manobra de corrupção em alta escala, favorecendo amigos da politica que, subitamente, enriqueceram. Ou então, desviaram-se de contas poupanças de uma vida para investimentos arriscados.
Por isso, estou-me marimbando para o Lorenzo Carvalho e para as suas festas com a Pamela Anderson e os seus Ferraris. Mas interessa-me e gostava que alguém tivesse a coragem e ousadia, como ontem referi no meu perfil de facebook, para entrevistar quem me obriga a pagar mais impostos. De onde veio o dinheiro de Dias Loureiro, de Oliveira e Costa, de João Rendeiro, entre tantos outros que se dê rosto à corrupção e ao gamanço de um povo.
Isso é que é interesse público, façam-no se têm coragem. O jornalismo é um exercício de coragem também.
Ontem, como com graça referiu António Nogueira Leite nas redes sociais, a entrevista de um jovem com dinheiro a Judite de Sousa foi o "swap" de Agosto e toda a gente comentou.
O problema é que cada um faz com o seu dinheiro o que bem entender, o que cada um não pode fazer é pôr um País a pagar impostos e a baixar a sua condição de vida porque houve um bando de canalhas que montou uma manobra de corrupção em alta escala, favorecendo amigos da politica que, subitamente, enriqueceram. Ou então, desviaram-se de contas poupanças de uma vida para investimentos arriscados.
Por isso, estou-me marimbando para o Lorenzo Carvalho e para as suas festas com a Pamela Anderson e os seus Ferraris. Mas interessa-me e gostava que alguém tivesse a coragem e ousadia, como ontem referi no meu perfil de facebook, para entrevistar quem me obriga a pagar mais impostos. De onde veio o dinheiro de Dias Loureiro, de Oliveira e Costa, de João Rendeiro, entre tantos outros que se dê rosto à corrupção e ao gamanço de um povo.
Isso é que é interesse público, façam-no se têm coragem. O jornalismo é um exercício de coragem também.
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Rui Calafate
quarta-feira, 14 de agosto de 2013
Divórcios e bebés em campanha eleitoral
Numa campanha eleitoral, naturalmente, são os temas de ´conteúdo político e público que devem ser debatidos e estar em jogo. Mas todos sabemos que, para lá dos referidos, há outras coisas que subliminarmente influenciam a corrida e contribuem para a construção da imagem de qualquer candidato.´
Nesses factores subliminares dou exemplo de dois. Se um candidato tem a bênção de ser pai ou mãe em campanha isso é um factor de vitalidade, de simpatia, de construção de empatia e confiança, pois os eleitores gostam de ver uma família feliz. Em Santarém temos um caso concreto nestas autárquicas. O Ricardo Gonçalves e a sua mulher, a Vânia, tiveram essa bênção. Para lá dele ser um bom candidato com três características importantes, a simpatia, a proximidade com o eleitorado e a honestidade à prova de bala, ainda teve o reforço do seu bebé.
Em Lisboa temos o inverso. Se há tema problemático na construção da imagem de um candidato, é o divórcio. Se para lá dessa questão ainda for reforçada com matérias de traição escarrapachadas nos media, isso é trágico para qualquer candidato, que vê abalada a relação de confiança que precisa junto do eleitorado.António Costa ganharia tranquilamente esta eleição, porém, após as notícias de separação é divórcio de Fernando Seara e Judite de Sousa, duas figuras públicas que conheço e pelas quais tenho muita estima pessoal, nem precisa de fazer qualquer campanha.
Nesses factores subliminares dou exemplo de dois. Se um candidato tem a bênção de ser pai ou mãe em campanha isso é um factor de vitalidade, de simpatia, de construção de empatia e confiança, pois os eleitores gostam de ver uma família feliz. Em Santarém temos um caso concreto nestas autárquicas. O Ricardo Gonçalves e a sua mulher, a Vânia, tiveram essa bênção. Para lá dele ser um bom candidato com três características importantes, a simpatia, a proximidade com o eleitorado e a honestidade à prova de bala, ainda teve o reforço do seu bebé.
Em Lisboa temos o inverso. Se há tema problemático na construção da imagem de um candidato, é o divórcio. Se para lá dessa questão ainda for reforçada com matérias de traição escarrapachadas nos media, isso é trágico para qualquer candidato, que vê abalada a relação de confiança que precisa junto do eleitorado.António Costa ganharia tranquilamente esta eleição, porém, após as notícias de separação é divórcio de Fernando Seara e Judite de Sousa, duas figuras públicas que conheço e pelas quais tenho muita estima pessoal, nem precisa de fazer qualquer campanha.
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terça-feira, 13 de agosto de 2013
O "spin" da guerra em Gibraltar
Lembram-se do filme "Wag the dog"? Com humor, contava o trabalho de "spin doctors" num momento de crise para um presidente americano. Aí, as personagens de Robert de Niro e Dustin Hoffman, para afastar esse problema, criam uma conflito artificial e uma guerra com a Albânia e salvam uma criança com um gatinho.
Em Espanha, Mariano Rajoy e o PP estavam completamente encostados às cordas pelo caso Barcenas, mas de repente o ABC faz uma capa com foto de David Cameron e os espanhóis começam a falar de um conflito ridículo sobre Gibraltar e hoje até leio possibilidade de guerra com Inglaterra. Só não sei se foram o Robert de Niro e o Dustin Hoffman que trataram deste assunto, porém, o caso Barcenas saiu de cena.
Em Espanha, Mariano Rajoy e o PP estavam completamente encostados às cordas pelo caso Barcenas, mas de repente o ABC faz uma capa com foto de David Cameron e os espanhóis começam a falar de um conflito ridículo sobre Gibraltar e hoje até leio possibilidade de guerra com Inglaterra. Só não sei se foram o Robert de Niro e o Dustin Hoffman que trataram deste assunto, porém, o caso Barcenas saiu de cena.
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sexta-feira, 9 de agosto de 2013
Briefings e Swaps: a minha opinião para o Jornal de Negócios
O modelo do briefing do Governo pode ser bom se for enquadrado por profissionais de comunicação que os preparem. É sabido que este Governo tem um enorme problema de comunicação, lida mal com os media, os briefings foram uma tentativa para a melhorar, mas os efeitos têm sido perversos, muito por fruto da impreparação e amadorismo comunicacional de quem os faz.
No caso dos swaps, os briefings levaram a que se passasse da silly season para a swap season e mataram por duas vezes Pais Jorge. Na segunda foi um assassínio em directo por parte de Pedro Lomba.
O Governo tentou criar um artifício comunicacional afirmando que um documento foi forjado. O spin foi péssimo e no dia seguinte o secretário de Estado demitiu-se. O Governo descredibilizou-se desde o momento em que foi conhecida a associação de Pais Jorge aos swaps, nos dias seguintes, em vez de dar a volta, a situação piorou e houve uma descredibilização da equipa das Finanças, Foi um arrastar do problema por pura incompetência e falta de decisão política.
Não entendo que os briefings criem anticorpos com a comunicação social, cria é oportunidades de mais erros comunicacionais do Governo que serão aproveitados pelos media. Não basta escrever em blogs para se ser especialista em comunicação e no Governo há muita gente que escrevia na blogosfera e poucos profissionais de comunicação experientes. Esse é um drama sem solução à vista.
No caso dos swaps, os briefings levaram a que se passasse da silly season para a swap season e mataram por duas vezes Pais Jorge. Na segunda foi um assassínio em directo por parte de Pedro Lomba.
O Governo tentou criar um artifício comunicacional afirmando que um documento foi forjado. O spin foi péssimo e no dia seguinte o secretário de Estado demitiu-se. O Governo descredibilizou-se desde o momento em que foi conhecida a associação de Pais Jorge aos swaps, nos dias seguintes, em vez de dar a volta, a situação piorou e houve uma descredibilização da equipa das Finanças, Foi um arrastar do problema por pura incompetência e falta de decisão política.
Não entendo que os briefings criem anticorpos com a comunicação social, cria é oportunidades de mais erros comunicacionais do Governo que serão aproveitados pelos media. Não basta escrever em blogs para se ser especialista em comunicação e no Governo há muita gente que escrevia na blogosfera e poucos profissionais de comunicação experientes. Esse é um drama sem solução à vista.
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quinta-feira, 8 de agosto de 2013
A ganância do dinheiro segundo Costa Gavras
Costa Gavras é um realizador que sempre adorei. É dos poucos que tem uma obra consistente sobre os mecanismos do poder nas suas variantes formas. Fez o prodigioso "Z- A orgia do poder" ou "Missing".
O seu último filme é sobre o dinheiro, chama-se "O Capital". Não o vi no cinema, só ontem em dvd. Abre quase de forma brutal com a ascensão de um novo presidente de um banco que cita o antecessor: «o dinheiro é um cão que não pede mimos, só quer que lhe atirem a bola cada vez mais longe para a poder ir buscar indefinidamente».
A reflexão de Costa Gavras é sobre como se domina e explora o mundo para satisfazer uma série de pessoas sem rosto que têm apenas um afrodisíaco: o dinheiro. E assim termina a falar para o espectador: «são crianças. Estão contentes até rebentar a próxima bolha».
Vemos a ganância que mata países, segurança social, pessoas. «Nós caçamos em matilha», diz um banqueiro. E sobre as agências de rating registo um diálogo: «tivemos de tomar em consideração as agências de rating»; «Estou-me nas tintas para esses mafiosos», responde o presidente do banco.
O cinema poucas vezes faz exercícios notáveis sobre os mecanismos obscuros do poder. Costa Gavras consegue-o. E recomendo vivamente que o vejam.
O seu último filme é sobre o dinheiro, chama-se "O Capital". Não o vi no cinema, só ontem em dvd. Abre quase de forma brutal com a ascensão de um novo presidente de um banco que cita o antecessor: «o dinheiro é um cão que não pede mimos, só quer que lhe atirem a bola cada vez mais longe para a poder ir buscar indefinidamente».
A reflexão de Costa Gavras é sobre como se domina e explora o mundo para satisfazer uma série de pessoas sem rosto que têm apenas um afrodisíaco: o dinheiro. E assim termina a falar para o espectador: «são crianças. Estão contentes até rebentar a próxima bolha».
Vemos a ganância que mata países, segurança social, pessoas. «Nós caçamos em matilha», diz um banqueiro. E sobre as agências de rating registo um diálogo: «tivemos de tomar em consideração as agências de rating»; «Estou-me nas tintas para esses mafiosos», responde o presidente do banco.
O cinema poucas vezes faz exercícios notáveis sobre os mecanismos obscuros do poder. Costa Gavras consegue-o. E recomendo vivamente que o vejam.
quarta-feira, 7 de agosto de 2013
No novo ciclo do Governo continua o caos
Um secretário de Estado sai e já devia ter saído há dias. As Finanças criam uma manobra de diversão com um dito documento forjado, mas o que é certo é que esse secretário de estado que protegeram durante uma semana caiu.
Da "silly season" passámos para a "swap season" e julgo que irá continuar. A ministra, contra todos os sinais, manteve a confiança em Pais Jorge, foi ela que o escolheu, mas continua calada. Do lado dela vão continuar a surgir problemas e quando comunicar as medidas para o próximo Orçamento de Estado ainda cairá mais o Carmo e a Trindade.
Falou-se num novo ciclo, mas o caos continua.
Da "silly season" passámos para a "swap season" e julgo que irá continuar. A ministra, contra todos os sinais, manteve a confiança em Pais Jorge, foi ela que o escolheu, mas continua calada. Do lado dela vão continuar a surgir problemas e quando comunicar as medidas para o próximo Orçamento de Estado ainda cairá mais o Carmo e a Trindade.
Falou-se num novo ciclo, mas o caos continua.
terça-feira, 6 de agosto de 2013
Mais grave Pais Jorge é um "lobbista" e comercial apenas
O Governo contratou um "lobista" um comercial de swaps para sec Estado do Tesouro. É o que leio na explicação de Pais Jorge ao Expresso: «explicou ao Expresso Pais Jorge, na defesa da tese de que o seu papel no banco era de um "facilitador" ou "intermediário».
Mas que Governo é este que come estas criaturas e lhes dá cargos de tamanha responsabilidade. Agora um "comercial", um "lobbista", é competente para estas funções. Mas que Governo é este? Mas que ministra das Finanças é esta?
Mas que Governo é este que come estas criaturas e lhes dá cargos de tamanha responsabilidade. Agora um "comercial", um "lobbista", é competente para estas funções. Mas que Governo é este? Mas que ministra das Finanças é esta?
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Um mundo perverso de "likes"
Ao ler esta notícia não fiquei surpreendido. A ânsia de numa sociedade mais vivida nas redes sociais ter muitos seguidores e "likes" é uma obsessão para muita gente.
Na comunicação política, para alguns amadores, até se acha que é importante haver uma espécie de campeonato de "likes", algo que como deparamos pela notícia é totalmente artificial e desajustado.
O mais grave é que se viva da exploração humana para estas actividades. Saber-se isto é um rude golpe na credibilidade das redes sociais.
Na comunicação política, para alguns amadores, até se acha que é importante haver uma espécie de campeonato de "likes", algo que como deparamos pela notícia é totalmente artificial e desajustado.
O mais grave é que se viva da exploração humana para estas actividades. Saber-se isto é um rude golpe na credibilidade das redes sociais.
segunda-feira, 5 de agosto de 2013
Viagens da nossa vida
«A viagem atinge o auge da recompensa quando deixa de se tratar de atingir um destino e se torna indistinguível de viver a nossa vida»
Paul Theroux, "Comboio Fantasma para o Oriente"
Paul Theroux, "Comboio Fantasma para o Oriente"
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