quinta-feira, 4 de julho de 2013

O campeão da mentira

Gosto muito de ciclismo, é um desporto de heróis, que fazem da abnegação, do sofrimento e do esforço a matéria que permite ultrapassar dificuldades e conquistar a meta.

Há uma semana, o canal National Geographic emitiu uma magnífica reportagem intitulada a ascensão e queda de Lance Armstrong. Ele foi um herói para muitos adeptos, mas, afinal, foi apenas o campeão da mentira.

Lance foi o melhor...a consumir drogas, a montar uma máquina de mentira que impunha aos colegas e que lhe permitiu ganhar vários Tour. Andava sempre um passo à frente do controlo anti-doping.

Foi EPO, foram auto-transfusões de sangue que tinham como objectivo ultrapassar o cansaço e melhorar o desempenho. Ganhou milhões em contratos e publicidade que agora pode perder. A política e os media deram-lhe uma força que permitiu saltar por cima dos problemas e escondê-los

O que Lance não percebeu é que a farsa podia durar muito tempo, mas nos tempos modernos os embustes não subsistem. Desmentiu todas as acusações, jurou pelo filho, mas depois na Oprah confessou o que milhões de adeptos suspeitavam.

Foi uma desilusão, para a modalidade um rude golpe. Porque se descobriu que Lance Armstrong não era um campeão, mas apenas um vigarista.

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