domingo, 27 de fevereiro de 2011

O Discurso do Rei e a importância da assessoria

Excelente filme de um realizador desconhecido, superlativos Colin Firth, Geoffrey Rush e Helen Bonhan-Carter. De facto seria uma injustiça Colin Firth não ganhar um Óscar mais do que merecido e o ano passado foi também brilhante em "Um Homem Singular" de Tom Ford.

Às vezes há filmes que nos enchem as medidas pela sua construção, outros pelos seus diálogos, outros pelas suas interpretações. Este é um filme de actores e ainda de grandes secundários, também anda por lá o Derek Jacobi, grande actor britânico que fez de imperador Cláudio numa das melhores séries de sempre, "Eu, Cláudio".

Mas quero fazer notar o seguinte. A personagem de Geoffrey Rush, de terapeuta da fala e que vai ajudar a superar a gaguez do Rei para um discurso inolvidável à Nação aquando da guerra com Hitler é a de um assessor, de um consultor.

Nesse trabalho que faz com o Rei, a sua acção é de libertação, de aconselhamento sobretudo psicológico, veja-se a subtileza dele a conduzir o rei como se tivesse a conduzir uma orquestra durante o final do filme no discurso.

Por vezes os grandes homens precisam de bons conselheiros, consultores, assessores. Aqui é a assessoria da fala que conta. Mas todos os dias os consultores contam.

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