terça-feira, 21 de setembro de 2010

A crise de Obama

para quem me acompanhou por outras bandas, sabe que nunca fui adepto e nunca acreditei em Barack Obama.

Adorei os seus discursos, acompanhei a sua campanha e as novas potencialidades das redes sociais ao seu dispor, mas sempre achei que nunca me iria surpreender pela positiva com ele enquanto Presidente.

Nessa altura, apesar de a considerar a Lady MacBeth dos tempos modernos, achava o candidato mais bem preparado para a função, Hillary Clinton.

Hoje em dia temos um partido republicano sem liderança e sem alternativa a Obama, um Tea Party que representa uma sociedade ultra-conservadora, ortodoxa e tudo aquilo que não sonhamos quando pensamos na América (penso que poderá ser um fenómeno passageiro até os Republicanos encontrarem uma figura forte que apague estes disparates) e um inquilino da Casa Branca que tem desiludido muitos que o apoiaram.

Provavelmente com uma popularidade mais alta na Europa do que na América, mantendo apenas os eleitorados jovens e mais progressistas. A sua presidência tem sido fraca. Interna e externamente, Obama tem sido um líder sem capacidade de afirmação.

Hillary Clinton tem sido a grande estrela e tem corrido o cenário da sua subida a vice-presidente no próximo acto eleitoral para restabelecer e fortalecer o eleitorado hoje perdido.

Eu gosto da América, prefiro a sua liderança a um mundo de poderes e relações multilaterais que vê ascender novas potências, que se estão a tornar poderosas em termos militares e económicos.

Para isso deixo nota do último livro do Robert Kagan, um guru neoconservador, «O Regresso da História e o fim dos sonhos», sempre a ler, sobre a ascensão do Brasil, China, Índia. E deixo este artigo do Público para reflexão sobre a perda de influência americana desde a ascensão de Obama.

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