segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Os heróis não fogem

Gosto do combate. Do combate limpo, com galhardia, com argumentos inteligentes e sem pingo de mentira.

Gosto de lutadores. Gosto de heróis. Gosto de inspiradores. Gosto de quem nada teme, não por se ser maluco, mas por se saber controlar o medo. Gosto de quem não foge.

Na 4a temporada do Polvo, que já sabem, muito gosto, o "herói" Corrado Cattani fala com um jornalista em fim de carreira.

Este, tinha como principal referência um juíz que combatia a Mafia. Porém, quando um bando de assassinos lhe apareceu à frente, o juíz gritou, esbracejou, pediu clemência, começou a fugir. Morreu como um cobarde.

Esse jornalista pede a Cattani, no momento em que lhe apareçam os seus torcionários: «quando vierem ter contigo não fujas. Os heróis não devem morrer assim».

Nessa temporada do Polvo, a cena final, pico de audiências nesta série que foi grande sucesso na Europa e em Portugal, é a morte de um herói. Que conhece há muito o seu destino, que o combateu, mas está preparado para ele. São pouco mais de dois minutos fantásticos, aqui.

Deixo este texto para todos os meus heróis, os vivos que continuem muitos anos. E com uma palavra para o combate do António Feyo e do Mário Bettencourt Resendes, que não eram meus heróis, apenas os respeitava, mas morreram como heróis.

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