sexta-feira, 20 de agosto de 2010

«Inception» no mercado de comunicação

Vi há dois dias o brilhante filme de Christopher Nolan, «Inception», A Origem. E registo que, para lá do "Ghost Writer", do Polanski, dois dos melhores filmes estreados este ano têm Leo Di Caprio como protagonista (Inception e Shutter Island).

A acompanhá-lo, uma bateria de secundários fantásticos: Ken watanabe (Cartas de Iwo Jima), Marion Cottillard, Ellen Page (a pequena de Juno e grande actriz no futuro), Pete Postlethwaite (Em Nome do Pai, o pai que Daniel Day Lewis batalha para tirar da prisão), Cillian Murphy (um actor que adoro desde uma pequena obra-prima chamada Breakfast on Pluto), Tom Berenger (Platoon, que está velhíssimo) e o sempre grande Michael Caine (será um ícone eterno desde o Get Carter e Alfie, as versões originais).

O filme, para lá do argumento, é um prodígio técnico, avassalador ao som da música de Hans Zimmer (o criador da banda sonora do Gladiador).

Sobre a temática, a capacidade de se criar os pensamentos através da entrada no subconsciente e no universo onírico é magnífica.

Nos 5 minutos após ter saído da sala de cinema, vi como o mercado de Conselho em Comunicação, muitos dos seus protagonistas, confundem as realidades e o universo onírico. Tal como Di caprio que não consegue afastar a mulher, para não a perder e voltar a ver os filhos, dos seus sonhos construídos.

Não conheço nenhum especialista em "Inception", acho que ainda não existem. Mas imagino os passos no subconsciente de alguns. Criam universos que não existem, às vezes são reféns de «arquitectos» de sonhos de outros e a partir vivem uma realidade que só existe na sua própria cabeça.

O mercado de Conselho em Comunicação, não falo dos consultores anónimos, é uma espécie de realidade misturada com sonhos. Um jogo de aparências em que os primeiros a serem iludidos são os próprios.

Cada um vive o seu sonho, cada um vive a sua realidade, parecendo que todos coexistem em universos paralelos ou várias camadas de sonhos. Quando assim é, a verdade é muito difícil de ser reconhecida. Mas parece que todos seguem, apesar das disputas e ataques, felizes.

Que belo universo onírico é o mercado de Conselho em Comunicação.

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