quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Brincar aos "Tycoons"

Há quem goste de brincar a muitas coisas. Há quem jogue monopólio, poker, computador, playstation, etc., é perfeitamente normal. Também brincava com caricas quando tinha 10 anos.

Mas há umas pessoas que gostam de se armar em "Moguls" ou "Tycoons" (linguagem que me foi aconselhada por um perito em jogos). Isto é, em bom português, porque odeio o parolismo de quem tenta meter sempre na conversa "umas coisas em inglês», pessoas que gostam de se armar em grandes empresários ou magnatas.

Pessoas que nasceram com o talento de serem contabilistas, de repente, por algo que o destino não comanda, que é uma pessoa perder a noção da realidade, vêem-se a si próprios como grandes magos da gestão e constroem cenários miríficos e objectivos que nunca vão alcançar.

Confesso que não tenho talento de contabilista, não tenho ninguém com ouro do Brasil, não tenho terrenos nem imóveis no Pinhalnovo e não possuo uma frota de Mercedes pretos para venda à porta da minha casa ou empresa.

Mas quando alguém tenta comprar algo, é natural que a força esteja em quem compre e o foco da notícia é o do "tycoon" que compra e não o do "mogul" que vende. Veja-se o caso da Cimpor e de quem foi a 1ª página do Expresso e a 2 e 3 do suplemento de economia. Diga-se que foi sobre o Benjamin brasileiro mais poderoso em Portugal. E isso demonstra o seu poder.

Agora, quando no sector de Conselho em Comunicação se faz um negócio de injectar liquidez e obter 15% de nada, nem controlo sobre a sua gestão e ninguém noticia uma linha, e no jornal que sai, apenas traz uma foto de um "mogul" que vende na sanita, algo fica dito sobre a força da empresa que compra. Isto é, nula.

Só uma nota final: eu não jogo playstation. Eu leio.

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